Educação
PUBLICIDADE

Por Bruno Alfano — Rio

Em setembro de 2019, o então ministro da Educação Abraham Weintraub, segundo nome a ocupar o cargo no governo Bolsonaro, estava há seis meses no cargo quando defendeu que, para reduzir os custos, teria que “ir atrás de onde está a zebra mais gorda, que é o professor de uma federal”, e completou:

— Metade dos 600 mil servidores da República está no MEC, 300 mil. Eu tenho que enfrentar este exército — afirmou na ocasião.

A fala de Weintraub exemplifica as marcas da gestão educacional do governo passado: a área foi alvo de cortes e arena de uma guerra cultural que distanciou gestores federais de servidores, sobretudo professores, e de secretários estaduais e municipais.

Com isso, a educação brasileira acabou sucateada. As universidades federais, pela primeira vez desde 1990, viram o número de matrículas cair; políticas públicas estabelecidas, como o Enem, que bateu recordes de abstenção e teve os menores índices de participação, foram enfraquecidas; e projetos como o Future-se e o Escola para Todos foram formulados sem a devida articulação com outros setores e acabaram não saindo do papel.

Mesmo a vitrine do governo Bolsonaro na educação, as escolas cívico-militares, não prosperaram de forma relevante. A despeito de a eficiência do modelo nunca ter sido comprovada por estudos, essas unidades de ensino não teriam qualquer impacto sobre os índices de aprendizado simplesmente porque tiveram baixíssima implementação. Elas somam apenas 216 escolas, cerca de 0,15% dos colégios públicos brasileiros.

Outra pauta em que o governo colocou toda a sua energia foi a educação domiciliar, conhecida como homeschooling, que foi alvo de intensas disputas envolvendo o MEC e parlamentares da base governista. Mesmo assim, contempla 0,04% dos estudantes brasileiros.

Enquanto isso, projetos absolutamente fundamentais para o país tiveram pouca atenção do governo. Um caso foi a discussão do Fundeb, que precisava ser renovado em 2020 sob o risco de deixar estados e municípios sem seu principal fundo de financiamento. O governo discutiu a redução da participação da União e a destinação de dinheiro a escolas privadas, o que não foi aprovado.

Com isso, o novo governo chega com uma dupla missão: resolver demandas urgentes, como a recuperação de aprendizagem na pandemia e ajustar orçamentos deficitários; e, ao mesmo tempo, lidar com problemas estruturais, como a renovação do Plano Nacional de Educação, formulado em 2014, cuja vigência termina no ano que vem.

Mais recente Próxima Lula revoga política de educação especial criada por Bolsonaro
Mais do Globo

Mensagem na Avenida Ipiranga, no caminho para o Gasômetro, um dos pontos de saída de barcos para resgates e ajuda humanitária na Grande Porto Alegre, reage contra bandidos e 'corsários do desastre'

Faixa implora em Porto Alegre: 'senhor ladrão, por favor, pelo amor de Deus, respeite nossa dor'

Conheça Alfredo, o simpático vira-lata que exemplifica bons resultados do tratamento com pets que ajuda pessoas com questões cognitivas, sociais e emocionais

Terapia com animais traz de volta o sorriso de pacientes

Para junho, o espaço vai promover oficinas de teatro e cinema

Ganha forma a Biblioteca Helio de La Peña, no Morro da Babilônia

Trabalho encontrou pela primeira vez a associação do excesso de peso com diversos tumores

Obesidade aumenta o risco de desenvolver 32 tipos de câncer, afirma novo estudo; entenda

Prefeitura fala em 'superpopulação' e diz que só está recebendo animais que necessitam de tratamento urgente; ONG afirma que seis cachorros foram atropelados ontem

Sem abrigo, cachorros resgatados são amarrados em postes no RS; veja vídeo

Escalação de Flamengo e Corinthians que fazem confronto da sexta rodada do Brasileirão neste sábado

Flamengo x Corinthians: onde assistir, horário e prováveis escalações do jogo do Brasileirão

Segundo elas, os dois lados estão finalizando os termos de um pacto para usar os recursos do chatbot no iOS 18

Apple está prestes a fechar acordo com a OpenAI para uso do ChatGPT no iPhone, dizem fontes

Segundo a Defesa Civil, 71,3 mil pessoas estão acolhidas em abrigos e o total de desalojados está em 339,9 mil

Sobe para 136 o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul
Novo terá candidata à prefeitura do RJ

Cidade na Região Metropolitana de Porto Alegre é uma das mais afetadas pela tragédia que assola o estado

Porta de entrada para bairros alagados de Canoas (RS), Rua Brasil vive rotina de saques e resgates